sexta-feira, 31 de agosto de 2007

TRISTEZA

Nesse exato momento, estou particularmente triste... Porque tudo parece longe, porque tudo parece difícil, porque tudo que é bom sempre tem um lado muito ruim, porque todos os meus medos sempre se realizam, porque todos os meus sonhos são tolos...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

SONHAR

Ter insônia me causa um inconveniente: sonho pouco. Sim, porque para sonhar é preciso dormir. E, me pareceu bastante injusto ser privada de sonhar. Então, resolvi sonhar por conta própria. A vantagem é que sonho com o que bem entender. Noite passada não dormi mas, SONHEI. E assim será todas as minhas noites insônes.

Dona insônia pensa que é tão poderosa...

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

DE CARA NOVA!

Pois é! Resolvi deixar a preguiça de lado e dar um up no meu blog! Agora ele tá mais bonito! Tá todo azul, minha cor preferida. Minha foto, que ficou achatada (tive que usar a opção "reduzir para caber"), ficou lá no fim da página - tava meio esquisito visitar o meu blog e logo de cara dar de cara com a minha cara!

Espero que a Bia goste! (ela é a única que lê o meu blog! rsrsrs)

terça-feira, 28 de agosto de 2007

PRA ONDE FOI MARTE?

Ontem, era dia de ver Marte a olho nu. Num e-mail, fui notificada de que Marte, a meia noite e meia estaria tão visível quanto a lua. Que ao olhar para o céu, seria como se ele tivesse duas luas.
Acontece que nem mesmo a lua (que estava em sua fase crescente) eu vi! O ceu estava sem estrelas, sem lua e muito menos sem Marte! A única coisa que vi foi uma densa neblina misturada à habitual poluição. Perdi a chance de ver Marte a olho nu! Outro evento desses só em 2287! Pode ser que nesse ano eu já esteja reencarnada de novo... Nessa vida, já foi!

Mas, foi pensando em Marte que pensei em quantas coisas eu deixei de ver e que talvez não tenha mais a oportunidade de ver...

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

ARROGÂNCIA

Há uns 25 anos atrás eu tinha uma amiga que eu, do alto da minha arrogância, considerava simplória demais pro meu gosto. Era uma moça bonita: alta, magra, loira, belas curvas, e, ao meu ver, burra. Burra não porque não soubesse fazer contas ou falar direito, mas porque tinha ambições muito pequenas e sonhos tolos. Isso era o que eu pensava na época. O seu maior sonho era se casar (tinha um noivo que dizia amar profundamente), ter 3 filhos, e ser uma perfeita amélia: ficar em casa cuidando do lar, dos filhos, do marido e fazer crochê (aprendi a gostar de fazer crochê com ela).

Eu tinha sonhos e ambições muito maiores (e considerava-os mais importantes... afinal eu era muito inteligente...): queria ser jornalista.

Ela se casou. Eu me casei. E muitos anos se passaram. Fui revê-la uns 15 anos depois, por acaso (nem tanto) passeando pela rua com seu filho caçula.

Perguntei como ela estava. E ela me disse que estava bem. Tinha 4 filhos maravilhosos, havia aprendido outras modalidades de crochê, e ainda amava o marido tão profundamente quanto antes.

Não evitei uma pontinha de inveja: ela havia realizado seus sonhos e com vantagens: teve um filho a mais! eu... bem, eu... eu não. Eu não era jornalista, tinha tido apenas uma filha, e não amava mais o meu marido! Era uma amélia que se virava com bicos não apenas pra não parecer uma amélia mas porque precisava mesmo! (se bem que eu nunca levei muito jeito pra amélia genuína...).

Com minha arrogância, ousei um dia, classificar os sonhos e ambições de uma pessoa como sendo pequenos. Como se eu fosse alguém com capacidade para isso. E como se houvesse sonhos e ambições pequenos.

Mas, a vida, que descobri ser muuuito sábia, se encarregou de me colocar no meu lugar: aqui. Exatamente aqui, tendo experiências que há 25 anos atrás julgaria serem pequenas demais pra mim.

Estou aqui separada após 17 anos de um casamento frustrante (mas que também serviu pra me colocar no devido lugar); uma mãe esquizofrênica cuja responsabilidade divido com meu pai que esse ano completa 70 anos de idade (daqui uns anos talvez tenha que ser responsável por ele também); um irmão doente mental; e outras coisinhas.

Eu, que sonhava em ser jornalista, em ser uma redatora-chefe (rsrsrsr), hoje estou a aprendendo a costurar... Uma profissão simples. Tão simples que ainda não aprendi a colocar linha na máquina!

Hoje, humildemente, me rendo à vida e peço a ela mais uma chance. Chance para ter sonhos simples e então poder realizá-los. Sonhos que sejam apenas meus e que caibam dentro do meu coração.

Já fiz uma listinha dos meus novos sonhos. Mas esse é assunto pra um próximo post... Agora tenho que dar o rango pra mãe e pro irmão...

sábado, 25 de agosto de 2007

DE NOVO A INSÔNIA

Legal! 10 da noite e eu na minha caminha fofinha, gostosinha... Acho até que tava sonhando! 23:37 e... celular tocando! "Oi, Clarinha meu amor..." Clarinha??????????? Meu amor??????????? "Eu não sou a Clarinha! Você ligou errado (bocejando muito)! "Puxa, desculpa... " "Tá desculpado, querido (com ironia). Fica em paz! Boa noite".

Porcaria de celular! Por que é que tinha que tocar na hora do meu soninho tão raro e tão perseguido (sofro de insônia)? Dã... Por que é que eu não desligo o celular antes de dormir? Vou responder: Primeiro: quase nunca sei onde ele está; segundo: já tenho coisas demais pra desligar antes de dormir (luz, TV, PC...) e acabo esquecendo dele.

23:48 e... eu na Net de novo... Eu e a Insônia, é claro. E minha filha que já está dormindo. E a minha cachorra que está a essa hora da noite roendo um osso (ela não tem insônia, é gulosa mesmo). E um pernilongo que não consigo matar. Tentei ler um livro mas não consegui me concentrar. Na Tv não tem nada que me agrade. Dar uma volta pelo bairro é perigoso (e mesmo que não fosse: estou com preguiça). ficar rolando na cama não tô a fim. Então, resta-me a Net.

Mas, quer saber? Vou desconectar e rolar na cama: tá frio...

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O MUQUIFO

Morena/Sp e Fofucho_39 (os nomes foram trocados para preservar a identidade verdadeira dos personagens!) se conheceram numa sala de bate-papo. Ficaram alguns (poucos) dias teclando no MSN. Coisa muito normal hoje em dia. Marcaram um encontro. E foram! Nenhum deixou o outro esperando! (é muito normal um dos dois não ir).

Marcaram num shopping. Aliás, isso de marcar encontro em shopping é mais que normal: é óbvio. Existe lugar mais público que shopping? Só mesmo banheiro de shopping! E, como mandam as regras desses encontros marcados pela net, lá foram eles se encontrar num shopping perto da casa dela (é preciso preservar o cavalheirismo).

Ele era exatamente o que parecia ser pela Net - coisa muito anormal. Ela, ao contrário, portou-se de modo totalmente diferente do que parecia ser . Isso sim, é uma coisa normal. Não que ela tenha falado mentiras do tipo " sou morena " e aparecesse loira ou, " sou um pouco baixinha" e fosse anã. Não, nada disso! Ela simplesmente ficou tímida! Sem assunto! (ele sempre a deixava sem assunto quando estavam teclando, mas só quando a elogiava). Até hoje ela não descobriu porque teve um ataque de timidez... Sempre foi tão extrovertida... Está pensando seriamente em procurar ajudar psicológica.

Foram a um bar. Lugarzinho aconchegante. O garçon (ou seria garçonete? ela não lembra) ofereceu os cardápios. Ela abriu o seu mas o lugar estava meio escuro e não pôde enxergar direito as letras ( precisa usar óculos mas está relutante: se nega veementemente a admitir as deficiências físicas causadas pela idade... por isso não vou dizer aqui quantos anos ela tem. Claro que, com um pouquinho de esforço, conseguiria ler tudo direitinho mas, o nervosismo fazia tremer as letras!). 'Deixou' que ele escolhesse. Escolheu apenas o que beber: suco de laranja ( suco de maracujá poderia sugerir um nervosismo muito bem disfarçado).

Depois de muita conversa (ele conversou muito mais que ela), ele sugeriu que dessem uma volta. Ela aceitou. Entraram no carro dele, ele a beijou, deixemos maiores detalhes de lado, e foram procurar um motel - coisa normal num primeiro encontro: afinal, já se conheciam (?) virtualmente(?).

Ela, que não imaginava - não imaginava mesmo - que ele iria fazer essa proposta, não sabia exatamente como agir: queria dizer sim mas o bom (ou mal) senso mandava dizer não. Enquanto ela dizia "não, não vim preparada pra isso" (que coisa mais ridícula...) entraram em todos os móteis do caminho: todos sem vaga (como o povo gosta de transar!). E, durante todo o trajeto ele dizia: ' nós só vamos conversar' (será que tem mulher que acredita nisso??????).

De repente, eles estão dentro de um "motel", com muitas vagas... Era um muquifo (ou seria moquifo?). O quarto tinha cheiro de bolor. O banheiro - que não tinha porta - tinha cheiro de falta de desinfetante. O lençol, de tão velho, era transparente e tinha furos (ela só não lembra quantos). E havia trilha sonora: uma mulher em outro quarto gritando não se sabe se de prazer ou de horror. O espelho do teto era um caso a parte... É melhor parar com a descrição de lugar tão bizarro antes que eu fique deprimida! Mas...

Embora possa parecer, não foi um primeiro encontro ruim. O cara era legal, fofucho mesmo! Divertido, inteligente, agradável... e outras coisinhas mais que não posso falar porque tem uma garota de 12 anos que lê o meu blog (com certeza é a única!). O que estragou foi a insegurança dela. Coisa de mulher que descobriu que é bom ser um pouquinho mais moderna mas que ainda não assimilou bem a idéia.

Por fim, riram muito da situação inusitada, tomaram banho (tinha água no banheiro... um muquifo classe A!) e saíram dali correndo!

Ele a trouxe até a esquina de sua casa (as vizinhas não são muito modernas) e, durante todo o trajeto permaneceram praticamente mudos. Ficaram, ambos, sem assunto.

O que ele estaria pensando? Difícil saber.

Ela pensava no quanto havia deixado a desejar como mulher. O medo, as coisas que a gente aprende quando é criança, os pecados de que tanto os padres falam, os comportamentos que dizem que devemos ter, e mais um monte de outras coisas, nos impedem de "relaxar e gozar" (acho que só a dona Marta consegue isso!).

Mas, a vontade de ser feliz, de ver num homem nada mais que sua contra-parte e não um opositor, falou mais alto. Num motel 5 estrelas (motéis têm estrelas???) ou num muquifo classe A (!), o que se quer é apenas ser feliz.

Quando a Morena/SP descia a rua de sua casa, teve a certeza de que aquele seria o último encontro. É claro que, certo mesmo, só a morte (se bem que tem gente que faz que morre e não morre!).

TALVEZ, quando tiver mais tempo (coisa anormal nas mulheres modernas), entre novamente em uma sala de bate-papo. É possível que mude o seu nick: Tímida/42 parece bastante adequado.

Quanto ao Fofucho/39, provavelmente o seu nick será sempre quase o mesmo: Fofucho/40, Fofucho/41 e assim por diante conforme o passar dos anos.

Espero que a Morena/SP passe de Tímida/42 a Modernosa/ 43! Chega de perder tempo!

E chega, principalmente de não ser feliz!











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