A televisão queimou: grana que vai... Meu monitor (sim, eu sou jurássica, ainda uso monitor!) está piscando: grana que vai, também... Minha impressora já foi... Não disse quando volta... Penso que me abandonou para sempre. O chuveiro pifou mas já dei um jeito. A torneira pingava. Dei um jeito mas não funcionou por muito tempo. Melhor comprar outra. Perdi o solado da minha bota preferida. E ela nem era assim tão velha: uns quatro ou cinco anos... O volume do meu aparelho de som está uma droga: ou grita ou sussurra!
Tô perdendo meus objetos! E minha paciência!
domingo, 9 de março de 2008
ONTEM FOI 8 DE MARÇO!!!!!!
Ontem, foi sábado, foi dia internacional da mulher, foi dia de ficar o dia todo bordando (porque preciso defender a grana do fim do mês!). E porque estava perdidona no meio de linhas e agulhas não tive tempo de blogar. Coisas de mulher moderna. 'tigamente a mulherada bordava pra enfeitar o lar doce lar, pra deixar muito lindo o enxoval da filha que ia casar (coitada se não casasse), pra enfeitar o próprio enxoval. E coisas assim.... Eu bordo desde que tinha uns 5 ou seis anos. Fazia as barrinhas de ponto cruz naquelas túnicas unissex que se usavam nos anos 70. Preferia brincar com o cachorro ou subir na goiabeira ou deitar no gramado e ver as figuras que as nuvens formavam no céu mas, minha mãe dizia que era preciso saber o quanto a vida custava. Eu não entendia o que ela queria dizer afinal, eu não me lembro de ter assinado nenhuma promissória logo após ter nascido... Mas vá lá: era bordar as barrinhas ou levar uns petelecos...
Aí, cresci, ou melhor, envelheci (sou uma nanica!) e resoslvi que ia ser uma mulher moderna! Que ia ganhar o mundo e um monte de outras promessas que fiz a mim mesma e jamais pude cumprí-las. Não ganhei o mundo. Ele é um vencedor nato e me ganhou (quando estou menos deprimida, costumo dizer que ele ganhou de mim).
Mas, uma promessa eu cumpri: Me transformei numa mulher moderna. Melhor que isso: Me transformei numa mulher ultra-moderna: Uma separada (isso é pra lá de moderno!), uma fulana independente que tem que bordar até as tantas da madrugada pra defender as contas básicas, uma sujeita que tem que lavar, passar, cozinhar, varrer e que de quebra, teve que aprender a trocar chuveiros e torneiras (meu próximo passo é aprender a arrumar a bóia da caixa d'água!). Uma mãe que anda assim... meio ausente, sem muito tempo de dar um beijo na filha de 12 anos. Poxa vida! Ela tem que entender: tenho contas pra pagar e sou moderna! Além do mais, a televisão queimou... um gasto a mais... E ela entende... por que também é uma menina moderna: "Mãe, tô lavando o cabelo na água fria porque a Tania disse que assim ele vai ficar mais brilhante!" Quando eu tive 12 anos eu não me lembro de sequer pentear os cabelos... Que importância isso podia ter se eu eu achava que iria conquistar o mundo???????
Bem... o fato é que ontem foi 8 de março e Mary Qant não sei por onde anda...
Sei apenas que uma moça de 23 anos foi morta pelo marido 4 dias depois de ter tido um bebê. Sei que tenho um punhado de amigas engolindo um monte de anti-depressivos pra engolir a junto a solidão. Sei que tem um monte de mulher largando os filhos ao Deus-dará pra trabalhar fora porque o pai deles foi embora. Sei que tem um monte de mulher que sustenta o marido e ainda por cima é espancada. Sei que a gente tem que ter seios enormes e cabelos escorridos porque é moderno. Sei que mulher tem que ser moderna. Mas, lá dentro de cada uma de nós, uma frase apenas faz sentido: " eu só queria ser mulher"
Não vou dar parabéns a nenhuma dessa mulheres. E não quero que ninguém me dê parabéns. Não me creio merecedora de parabéns... As vitórias são medíocres...
Aí, cresci, ou melhor, envelheci (sou uma nanica!) e resoslvi que ia ser uma mulher moderna! Que ia ganhar o mundo e um monte de outras promessas que fiz a mim mesma e jamais pude cumprí-las. Não ganhei o mundo. Ele é um vencedor nato e me ganhou (quando estou menos deprimida, costumo dizer que ele ganhou de mim).
Mas, uma promessa eu cumpri: Me transformei numa mulher moderna. Melhor que isso: Me transformei numa mulher ultra-moderna: Uma separada (isso é pra lá de moderno!), uma fulana independente que tem que bordar até as tantas da madrugada pra defender as contas básicas, uma sujeita que tem que lavar, passar, cozinhar, varrer e que de quebra, teve que aprender a trocar chuveiros e torneiras (meu próximo passo é aprender a arrumar a bóia da caixa d'água!). Uma mãe que anda assim... meio ausente, sem muito tempo de dar um beijo na filha de 12 anos. Poxa vida! Ela tem que entender: tenho contas pra pagar e sou moderna! Além do mais, a televisão queimou... um gasto a mais... E ela entende... por que também é uma menina moderna: "Mãe, tô lavando o cabelo na água fria porque a Tania disse que assim ele vai ficar mais brilhante!" Quando eu tive 12 anos eu não me lembro de sequer pentear os cabelos... Que importância isso podia ter se eu eu achava que iria conquistar o mundo???????
Bem... o fato é que ontem foi 8 de março e Mary Qant não sei por onde anda...
Sei apenas que uma moça de 23 anos foi morta pelo marido 4 dias depois de ter tido um bebê. Sei que tenho um punhado de amigas engolindo um monte de anti-depressivos pra engolir a junto a solidão. Sei que tem um monte de mulher largando os filhos ao Deus-dará pra trabalhar fora porque o pai deles foi embora. Sei que tem um monte de mulher que sustenta o marido e ainda por cima é espancada. Sei que a gente tem que ter seios enormes e cabelos escorridos porque é moderno. Sei que mulher tem que ser moderna. Mas, lá dentro de cada uma de nós, uma frase apenas faz sentido: " eu só queria ser mulher"
Não vou dar parabéns a nenhuma dessa mulheres. E não quero que ninguém me dê parabéns. Não me creio merecedora de parabéns... As vitórias são medíocres...
sábado, 1 de março de 2008
SAUDADES... DE NOVO...
Acho que já escrevi isso nesse blog. Mas, como estou com preguiça de ler tudo pra saber se sim ou se não, vou escrever de novo: " não existe saudade mais cortante que a de um grande amor ausente. Dura feito um diamante, corta a alma da gente - Zé Ramalho"
Adoro frases...
Adoro frases...
REFLEXÃO ACERCA DE UMA BORBOLETA
Então eu estava no Habbib's comendo esfihas em frente uma televisão em que passava um jogo de futebol internacional. Logo abaixo da televisão havia uma coisa grudada ao fio elétrico. Parecia, de longe uma folha seca. Depois, olhando com mais atenção, desconfiei que fosse uma borboleta. e fiquei ali comendo esfihas e observando "aquilo". Acabei de comer, levantei-me e cheguei perto da televisão pra tirar a dúvida: era uma enorme borboleta marron com manchas negras; faltava um pedaço de suas asas traseiras então, pensei: "pobrezinha... não poderá mais voar..." mas logo em seguida pensei: "no entanto, apesar do sofrimento, ela está lutando pela vida..."
E fiquei a semana inteira pensando na pobre borboleta.
Uma borboleta sofre demais o processo de transformação e depois sofre mais um bocado para romper a crisálida e finalmente abrir suas sempre lindas asas e voar. E aquela borboleta depois de todo esse processo, estava lá, linda, porém mutilada, agarrada a um fio de TV... vivendo... Não podia mais voar mas poodia menos ainda deixar de lutar pela vida...
Estou aqui a pensar no que pode ter acontecido à borboleta de asas quebradas: será que alguém a espantou dali? Será que ela não aguentou por muito tempo e tombou ao chão vencida?
E fiquei a semana inteira pensando na pobre borboleta.
Uma borboleta sofre demais o processo de transformação e depois sofre mais um bocado para romper a crisálida e finalmente abrir suas sempre lindas asas e voar. E aquela borboleta depois de todo esse processo, estava lá, linda, porém mutilada, agarrada a um fio de TV... vivendo... Não podia mais voar mas poodia menos ainda deixar de lutar pela vida...
Estou aqui a pensar no que pode ter acontecido à borboleta de asas quebradas: será que alguém a espantou dali? Será que ela não aguentou por muito tempo e tombou ao chão vencida?
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