domingo, 4 de março de 2007

DISSE

Disse tudo o que queria dizer. Não sei se podia, se devia. Mas, disse.

Até agora, não aconteceu nada. O sol continua nascendo religiosamente no mesmo horário todos os dias. Minha cachorra continua comendo horrores, como sempre. A vizinha da frente continua ouvindo hinos de louvor, também religiosamente, durante duas horas todos os dias. O caminhão de produtos de limpeza continua passando todos os dias às oito da manhã. O funileiro continua fazendo barulho (sei lá que tanto que ele bate!). O papagaio da outra vizinha continua tentando cantar atireiopaunogato. O Lula continua presidente (da República). Quem me deve continua me devendo.

Tudo está como sempre esteve.

Se bem que, ontem, aconteceu um belo eclípse... Ihhhhh... Será que eu não devia ter dito?

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